As três árvores centenárias, de cerca de 40 metros, foram removidas, restando apenas uma
A Câmara de Macaé retirou, na tarde do último domingo (13), as palmeiras imperiais centenárias da antiga sede, onde funciona o Centro Cultural do Legislativo, na Praça Gê Sardenberg. Uma delas, morta em 2023, e outras duas, em 2024, rachadas, passaram a representar perigo para o próprio prédio, servidores, a população e as construções no entorno.
Um guindaste e cerca de 20 homens realizaram o trabalho, cortando o tronco em pedaços. O trânsito foi interrompido e a energia na área, desligada. Segundo o diretor do Centro Cultural, Meynardo Rocha, as palmeiras eram, provavelmente, do final do século 19. “Temos fotos da década de 1930, em que elas já aparecem com uma altura que não podia ser de árvores novas”.
História
As palmeiras imperiais podem viver cerca de 150 anos. Eram cultivadas por Dom João VI e seu neto, Pedro II, como símbolos da colônia e, depois, do império. Suas sementes foram contrabandeadas das Ilhas Maurício, por marinheiros portugueses. Quem informa é o próprio Meynardo. “Elas tornaram-se um presente muito comum dado pelo imperador aos seus correligionários”, conta ele, que também é historiador. Popularizadas, acabaram espalhando-se por todo o país.
De acordo com o diretor, o jardim da sede antiga da Câmara será refeito, como parte do projeto de revitalização do Centro da cidade, iniciativa do Legislativo em parceria com o governo municipal. “Porém, não plantaremos palmeiras, pois, devido à segurança das pessoas, em bairros centrais elas tornaram-se inviáveis”, afirmou Rocha.