Ciclista cardosense marcou época no ciclismo regional
Com informações de Anderson Lobo, CardosoMoreiraNews / Colaboração Nino Bellieny / Foto Redes Sociais
Atualizado às 15h56
Faleceu neste sábado (5), aos 72 anos, Adalto Talon, considerado o maior ciclista da história de Cardoso Moreira. Ídolo do esporte regional, Adalto foi tetracampeão da Volta Ciclística de São Salvador, em Campos, e marcou época ao se tornar referência nacional durante a década de 1970.
Entre os anos de 1973 e 1976, ele conquistou quatro títulos consecutivos da tradicional prova, que à época era uma das mais prestigiadas do ciclismo brasileiro, atraindo competidores de todo o país e até atletas internacionais. O feito inédito transformou Adalto em um símbolo de perseverança e talento, elevando o nome de Cardoso Moreira no cenário esportivo.
Mesmo após o auge da carreira, seguiu competindo até o início dos anos 1980 em provas regionais, sempre movido pela paixão pela bicicleta. Mais tarde, dedicou-se à comunidade local, abrindo uma loja e oficina de bicicletas, onde atendeu gerações de ciclistas e incentivou novos talentos.
Nos últimos anos, Adalto viveu de forma mais reservada, afastado da vida pública, mas seu nome permaneceu vivo como sinônimo de glória esportiva. Seu legado ultrapassa as medalhas e títulos: inspirou jovens atletas e ajudou a escrever a história do esporte em Cardoso Moreira.
O corpo está sendo velado na capela mortuária Nazir Batista. Até o fechamento desta edição, a família ainda não havia divulgado o horário do sepultamento.
Adalto Talon deixa saudades, respeito e uma trajetória que permanecerá para sempre na memória da cidade.
Depoimento do editor do Manchete Noroeste, Nino Bellieny
Quando eu era um menino, ouvindo as rádios Campos Difusora e Continental vibrava com as vitórias de Adalto, a morte dele é uma destas notícias que eu não gostaria de registrar, mas não há escolhas, e Talon merece todas as reverências.
Campeão, Afonso Celso Pacheco lamentrou a perda
Campeão brasileiro por quatro vezese atual organizador da Prova Ciclística de São Salvador, Afonso Celso Pacheco lamentou muito a morte de um ídolo, um atleta exemplar que ele acompanhou nos idos anos de 70, acompanhado por seu pai, que nunca perdeu uma edição da famosa competição:
“Eu ia as provas levado pelo meu pai do meu pai, que que nunca deixou de assistir a uma corrida e que, se Deus quiser, no próximo 6 de agosto estará novamente ao meu lado. Adalto treinava muito e um dos principais treinos era vir de Cardoso Moreira a Campos e retornar à sua cidade. Ganhou por quatro vezes seguidas a São Salvador e nos deixou um grande legado, legado de amor ao ciclismo, de dedicação aos treinamentos, respeito aos colegas concorrentes e, tecnicamente, nos ensinou através de suas grandes arrancadas a tática para ser vencedor. Recebi a notícia com muita tristeza e quero além de me associar à família neste triste momento, ressaltar a grande contribuição ao ciclismo que foi dada por ele. Lamentamos muito a grande perda e o ciclismo está de luto”.